Brevidade
- Catarina M.
- 27 de abr. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 25 de jul. de 2024
Ouça esta canção e viva a mesma sensação que eu tive enquanto escrevia.

Enquanto a morte contabiliza a vida
debitando nossos dias passados,
me pego questionando se os meus tem sido aproveitados.
Enquanto a morte tem nos esperado incansavelmente
o que nós fizemos com o nosso presente?
Tem valido a pena cada ‘fucking ’minuto?
Tem passado tempo com aqueles que ama de verdade?
Tem chorado quando seu coração grita?
Tem dedicado tempo aos amigos, à família, à você?
Tem amado a si mesmo como ama o outro?
Tem encarado os dias difíceis mas aproveitado os reconfortantes?
Tem agradecido o que possui de mais valioso...
a vida?
Enquanto desgastamos nosso tempo
com aquilo que não tem vida, sentimento ou humanidade.
Em algum lugar o café esfria...
o silêncio ocupa o vazio da cadeira
que antes lhe pertencia...
na memória viramos uma breve (e linda) história para contar.
Seremos uma lembrança...
uma saudade na vida de alguém que sente profundamente nossa ausência.
Não é sobre negar o futuro
é sobre encontrar no presente a centelha da vida
é sobre encontrar no pouco o muito que nos importa
é sobre não se arrepender do que deixou de fazer
Pois a morte?
Segue contabilizando nossos dias.
"... o silêncio que ocupa o vazio da cadeira que antes lhe pertencia" fala sobre o espaço invisível que a ausencia de uma pessoa que amamos ocupa na nossa casa e na nossa vida. É quando olhamos para as coisas que nos trazem lembranças e em alguns desses momento rimos com isso, ou choramos com isso. A cadeira na ponta da mesa, o cantinho do meio de um sofá, um vinil e um fone... uma canção ou um coelho de pelúcia para abraçar.
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